A duas vertentes da fala poética de Francisco Viana

Terra, o amor e o canto num tempo <i>ainda acorrentado</i>

Domingos Lobo

A poesia comprometida, herança nossa de um certo realismo francês – engajamento reeditado pelo Sartre, o qual foi, de certa forma, responsável (graças ao Maio/68) pelo enquadramento ideológico da geração neo-realista de 1960, a que foi à guerra e no-la contou, estupefacta, em prosa e verso –, ainda é possível hoje, em Portugal?


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Ainda o primado da Constituição?

A temática que me proponho abordar, em breves palavras, é muito pertinente e actual. Num tempo em que a «ditadura» da troika, a mando de poderosas instâncias internacionais, traça o caminho do nosso País, a Constituição da República Portuguesa (CRP) arrisca converter-se num papel sem operatividade prática. E pior ainda: vai-se perdendo a supremacia das normas constitucionais sobre as normas internacionais numa subversão da soberania portuguesa, que não tem um fim à vista.

Política do Governo agrava a crise

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Apenas se passaram três meses após o início do ano e o Governo já se viu na necessidade de apresentar na Assembleia da República uma proposta de lei que visa alterar o Orçamento do Estado para 2012. Mesmo esta proposta assenta em pressupostos macroeconómicos que já estão ultrapassados.

Smart Defense, Pool and Sharing e oc nine-nine

De quando em vez surgem umas novas expressões e a imediata tendência do poder dominante de as introduzir no nosso léxico e, com isso, aparentar uma certa modernidade e procurar demonstrar como Portugal, também nestas coisas, lá vai no «pelotão da frente».

A terra, o amor e o canto num tempo <i>ainda acorrentado</i>

A poesia comprometida, herança nossa de um certo realismo francês – engajamento reeditado pelo Sartre, o qual foi, de certa forma, responsável (graças ao Maio/68) pelo enquadramento ideológico da geração neo-realista de 1960, a que foi à guerra e no-la contou, estupefacta, em prosa e verso –, ainda é possível hoje, em Portugal?